
Autor: Dr. Daniel Panarotto
Você sabia que o sono pode afetar diretamente o controle do diabetes? Isso porque o descanso noturno é essencial para diversas funções do organismo, incluindo o equilíbrio metabólico e hormonal.
Sendo assim, é evidente que o sono desregulado dificulta o controle glicêmico e aumenta o risco de complicações. Para saber mais sobre essa relação bidirecional, acompanhe o conteúdo.
Dormir mal pode causar diabetes tipo 2?
Dormir mal não causa diabetes tipo 2 diretamente, mas aumenta significativamente o risco, principalmente em pessoas com predisposição.
Além disso, a insônia desregula hormônios que controlam a fome, o que aumenta o apetite por carboidratos. Com o tempo, esses fatores podem acelerar o desenvolvimento da doença em quem já tem risco aumentado.
Esgotamento emocional: qual é a relação com dormir bem?
O descanso noturno desempenha um papel importantíssimo na regulação emocional. Noites mal dormidas resultam em irritabilidade, impulsividade e ansiedade no dia seguinte, além de impactar o relógio biológico de forma expressiva.
No dia a dia, a insônia eleva os níveis de cortisol (o hormônio do estresse), o que dificulta ainda mais o equilíbrio emocional e metabólico.
Para quem tem diabetes, essa relação é ainda mais crítica, já que a falta de sono abre espaço para impulsos alimentares que tendem a ocorrer fora de hora.
Por isso, dormir bem faz parte do cuidado com a saúde e do tratamento eficaz do diabetes.
Falta de descanso noturno e ingestão de carboidratos: como esses dois hábitos estão associados?
O sono regula hormônios que ativam as sensações da fome e da saciedade (grelina e a leptina, respectivamente).
Quando o repouso noturno é insuficiente, a produção de grelina aumenta, o que estimula a fome, enquanto a leptina, responsável pela sensação de saciedade, diminui.
Como resultado, cresce a busca por alimentos mais calóricos, ricos em carboidratos e açúcares, que fornecem uma fonte de energia rápida.
Estes fatores dificultam o controle da doença. Sendo assim, o tratamento de diabetes deve priorizar um sono de qualidade, combinado com uma alimentação equilibrada.
Distúrbios alimentares relacionados ao sono: qual é o impacto no tratamento de diabetes?
Os distúrbios alimentares relacionados à insônia causam oscilações nos níveis glicêmicos. Abaixo, conheça os dois quadros mais comuns e que devem ser acompanhados.
Síndrome da Alimentação Noturna ou Sìndrome do Comer Noturno
A condição se caracteriza por episódios de alimentação noturna, muitas vezes impulsivos e sem fome.
Em pessoas com diabetes, a síndrome desestabiliza os níveis de glicose, já que o consumo de alimentos à noite, especialmente aqueles ricos em carboidratos, favorece picos de açúcar no sangue durante a madrugada e ao despertar.
Transtorno do Sono-Vigília
Esse transtorno causa alterações no ritmo biológico, as quais afetam os horários das refeições e podem levar a padrões irregulares de alimentação.
Em diabéticos, interfere no apetite e metabolismo, o que aumenta, consequentemente, o desejo por carboidratos e abre espaço para o agravamento da doença por meio da obesidade.
Apnéia do sono
A apneia está fortemente ligada ao diabetes tipo 2, pois interfere diretamente na sensibilidade à insulina. Durante os episódios de interrupção da respiração, o organismo libera cortisol e adrenalina, o que eleva os níveis de glicose no sangue.
Por isso, pessoas com diabetes devem estar atentas aos sinais da apnéia, como ronco alto e sonolência diurna.
Check-up Diabetes: por que noites bem dormidas é essencial para o controle glicêmico?
É importante que o repouso noturno faça parte do controle glicêmico. Por isso, o Dr. Daniel Panarotto realiza o Check-up Diabetes e analisa não apenas exames laboratoriais e sintomas, mas também aspectos do estilo de vida.
Além disso, para um acompanhamento personalizado, o Dr. Daniel Panarotto possui uma abordagem baseada em Ciência e mais de 20 anos de experiência na área, com o objetivo de reabilitar seus pacientes.
Deixe que a ciência guie o seu tratamento.