Autor: Dr. Daniel Panarotto
A Nefropatia Diabética é uma das complicações mais graves do diabetes, e também uma das mais silenciosas. Muitos pacientes passam anos acreditando que está tudo bem, até que os primeiros sintomas aparecem.
Mas o dano já está feito. Quando o excesso de glicose no sangue começa a afetar os rins, o corpo perde a capacidade de filtrar impurezas, levando a um quadro que pode evoluir para insuficiência renal.
Entender esta complicação e reconhecer seus sinais precoces pode ser o que separa o controle da doença de uma complicação irreversível.
Por isso, acompanhe o conteúdo até o final.
Qual é o órgão mais afetado pelo diabetes?
Não existe um único “órgão mais” afetado pelo diabetes. Com o passar dos anos, o excesso de glicose no sangue pode comprometer diferentes partes do corpo, especialmente os rins, os olhos e os nervos vasculares.
Esses sistemas são formados por vasos sanguíneos muito delicados, que sofrem com a exposição prolongada à glicose alta, resultando em danos cumulativos e silenciosos. Entre essas complicações, uma das mais comuns e preocupantes é a Nefropatia Diabética.
O que é Nefropatia Diabética?
A Nefropatia Diabética danifica os vasos sanguíneos dos rins, devido ao excesso de açúcar no sangue por tempo estendido. Assim, a capacidade do organismo de filtrar o sangue é comprometida. Desse modo, a doença caracteriza-se pela:
- Presença de alta pressão arterial;
- Perda de proteína na urina (albuminúria);
- Declínio progressivo da função renal;
- Possibilidade de evolução para doença renal crônica terminal, diálise ou transplante.
O controle glicêmico e do colesterol, o uso de medicamentos inibidores da pressão alta e mudanças no estilo de vida são fundamentais para o tratamento e prevenção de sua progressão.
Quais são os sintomas da Nefropatia Diabética?
A Nefropatia Diabética costuma se desenvolver de forma lenta e silenciosa, o que torna o diagnóstico precoce um desafio.
Nos estágios iniciais, não há sintomas perceptíveis e os sinais de alerta só aparecem quando os rins já estão comprometidos. Porém, alguns indicadores merecem atenção:
- Inchaço nas pernas, tornozelos, pés ou rosto (retenção de líquidos);
- Cansaço excessivo e falta de energia mesmo após dormir bem;
- Urina espumosa (sinal da perda de proteínas);
- Frequência urinária desequilibrada, principalmente à noite.
- Náuseas e perda de apetite;
- Pele ressecada e coceira constante;
- Sensação de falta de ar (quando há acúmulo de líquido nos pulmões);
- Pressão arterial elevada e persistente;
- Inchaço nas pálpebras ao acordar.
Ao sentir qualquer um destes sintomas, um especialista em diabetes precisa ser consultado para ajustar o tratamento.
O que acontece quando o diabetes ataca os rins: complicações da Nefropatia Diabética
O diabetes causa hipertensão, e a hipertensão acelera a progressão da nefropatia. É um ciclo perigoso que causa complicações sérias aos pacientes, tais como:
- Hipertensão Arterial (sistólica ≥ 130 mmHg ou diastólica ≥ 80 mmHg);
- Albuminúria (perda da albumina na urina, um dos primeiros sinais da doença);
- Declínio da Taxa de Filtração Glomerular (TFG);
- Progressão para Doença Renal Crônica (DRC)
- Pode levar à insuficiência renal terminal.
No último estágio, o paciente passa a depender de diálise ou de um transplante renal para sobreviver. É uma condição grave, mas que pode ser evitada com diagnóstico precoce, controle rigoroso da glicose e acompanhamento médico regular.
Diagnóstico e tratamento: proteger os rins é possível com acompanhamento médico
O diagnóstico da doença é feito com base em exames de urina, que detectam a presença de albumina, o qual indica início de lesão renal.
Além disso, exames de sangue também são solicitados, a fim de avaliar a Taxa de Filtração Glomerular (TFG), medida que revela a capacidade dos rins de filtrar o sangue.
O médico ainda analisa o histórico clínico do paciente, realiza exames físicos e considera fatores como tempo de diagnóstico do diabetes, controle glicêmico e pressão arterial para identificar o estágio da doença e definir a melhor conduta.
A Nefropatia Diabética tem cura?
Embora a Nefropatia Diabética não tenha cura, é possível controlar sua progressão e preservar a função dos rins por muitos anos com acompanhamento adequado.
O Dr. Daniel Panarotto, endocrinologista especializado no cuidado integral de pessoas com diabetes, reforça que o monitoramento regular é indispensável para detectar precocemente alterações nos rins e evitar que a doença evolua para quadros graves.
É por isso que o Check-up Diabetes realizado pelo Dr. Daniel é tão importante: além de avaliar o controle glicêmico, ele também permite identificar precocemente condições como a Nefropatia Diabética, por meio de exames específicos de sangue e urina.
Com o tratamento correto e disciplina no acompanhamento, muitos pacientes conseguem viver bem, com qualidade de vida e sem perda significativa da função renal.
