Fita símbolo de combate ao câncer, na cor roxa, para o tumor pancreático.

Autor: Dr. Daniel Panarotto

Ele é silencioso, agressivo e muitas vezes descoberto tardiamente. O câncer de pâncreas é um dos tumores mais letais da atualidade — e, segundo estudos, o diabetes pode ser um dos primeiros sinais de alerta.

Neste artigo, você entenderá o que a ciência revela sobre a ligação entre diabetes e o câncer no pâncreas — e como essa informação pode salvar vidas.

 

Qual é a relação entre diabetes e câncer?


Um estudo divulgado pelo Journal of the National Cancer Institute, revista médica da Oxford University Press, identificou uma associação significativa entre o diabetes e o risco aumentado de desenvolver certos tipos de câncer. 

Esse aumento de risco pode estar relacionado a diversos fatores. Abaixo, conheça alguns deles.

  • Resistência à insulina, já que níveis altos estimulam células tumorais;

  • Obesidade aumenta o risco de câncer e agrava o diabetes tipo 2;

  • Inflamações crônicas criam ambiente propício ao desenvolvimento de tumores;

  • Alterações metabólicas e hormonais desregulam processos celulares;

  • Fatores genéticos elevam a predisposição ao diabetes e ao câncer pancreático.

A pesquisa ainda destacou que essa relação é mais evidente em tumores localizados no pâncreas, cólon, mama, endométrio e bexiga — órgãos que são mais sensíveis às alterações metabólicas provocadas pelo diabetes. 

 

Diabetes e risco de câncer no pâncreas: o que a ciência já sabe


O mesmo estudo do Journal of the National Cancer Institute também observou que o risco de câncer de pâncreas era significativamente maior em pessoas diagnosticadas com diabetes tipo 2 há menos de dois anos. 

Nesses casos, a probabilidade de desenvolver esse tipo de tumor foi quase três vezes maior, o que indica uma possível ligação entre o surgimento recente do diabetes e alterações celulares mais agressivas.

Esse levantamento científico sugere que a resistência à insulina e os níveis elevados de glicose no sangue criam um ambiente favorável ao crescimento celular descontrolado, o que facilita o desenvolvimento de tumores.

 

Como o diabetes tipo 2 aumenta o risco de câncer pancreático e hepático?


Segundo dados publicados pelo The Guardian, homens que desenvolvem diabetes tipo 2 apresentam um risco significativamente maior de câncer: nos cinco anos após o diagnóstico inicial, as chances de ter câncer de pâncreas crescem em mais de 70%.

Além disso, a inflamação e a resistência à insulina afetam outros órgãos, como o fígado, o que aumenta a chance de doenças hepáticas. 

O risco elevado de câncer de fígado em pessoas com diabetes tipo 2 ocorre devido ao acúmulo de gordura no órgão (esteatose hepática). Esse desequilíbrio abre espaço para condições mais graves, como cirrose e, eventualmente, câncer.

 

Diabetes tipo 1, tipo 2 e risco de câncer: principais diferenças


O diabetes tipo 1 tem pouca associação com o aumento do risco de câncer. Por ser uma doença autoimune e geralmente diagnosticada ainda na juventude, os fatores metabólicos envolvidos são distintos.

Já o diabetes tipo 2 apresenta relação mais explícita com diferentes tipos de câncer. Isso acontece devido à resistência à insulina, inflamação crônica e excesso de peso — condições que criam um ambiente favorável à proliferação celular anormal.

Enquanto o tipo 1 exige atenção contínua ao controle glicêmico, o tipo 2 demanda uma vigilância redobrada quanto aos riscos oncológicos.

 

A importância do acompanhamento médico para diabéticos em risco de câncer



O diagnóstico de diabetes não deve ser tratado de forma isolada. Afinal, pessoas com a doença enfrentam riscos aumentados para diversos tipos de câncer.

Por isso, um acompanhamento médico qualificado se torna indispensável para o controle glicêmico, como também para a vigilância de alterações que podem indicar o surgimento de tumores em estágios iniciais.

O Dr. Daniel Panarotto, endocrinologista com mais de 20 anos de experiência e atuação no cuidado de pacientes com diabetes, é referência quando se fala em monitoramento completo. 

Em seu Check-up Diabetes, ele avalia não apenas os níveis glicêmicos e exames laboratoriais, mas também o histórico clínico, fatores de risco oncológico e aspectos do estilo de vida que influenciam diretamente na saúde do paciente.

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